terça-feira, 1 de dezembro de 2020

SOBRE PRINCESAS

Há muito que implico com certas denominações e uma das que mais tenho "má vontade" é a que chama quase sempre meninas ou mulheres de "princesa/s" 👅


Não sei ao certo como tal "implicância surgiu"; meus pais nunca me chamaram assim (acho que nem existia esse hábito em minha infância/adolescência etc); não tive tais sonhos...."príncipes que me levariam para palácios" ou algo parecido.

Mas o que sei e venho constatando com o decorrer dos anos, é que a maioria das princesas reais são profundamente infelizes.😢

Diria mesmo que serviram e talvez ainda sirvam como moeda de troca em alguns "lugares palacianos".

Que o "peso" da obrigação de um herdeiro macho (tempos passados e quiçá presente) e posteriormente foi acrescida a titularidade de "boa moça".

Aos meninos/homens a titularidade de "príncipes etc" não é tão forte, embora muitos insistam no chamamento.

Essas reflexões afloraram ainda mais com umas séries assistidas esses dias.

Foi uma conjunção como acredito, mas sabendo um pouco mais da vida da Princesa Catarina de Aragão posteriormente Rainha da Inglaterra e da Lady Diana; Princesa Diana/Princesa de Gales - aqui faço uma pausa para dizer que acredito que nas séries há muito de ficção - mas fica evidente que em termos de amor e respeito mesmo com diferença de séculos ambas não viveram tais experiências.

Aí penso na "solidão e desamor" que havia com seus conjuges.

E volto meu pensamento para o significado de princesa: "vem do francês o título (princesse) - soberana, filha ou mulher de um príncipe - entre outros significados.

Creio que nenhuma das citadas e nem mesmo as atuais ; "Rainha Sofia (Spain) é um bom exemplo  imaginaram que seus sonhos de meninas se transformariam em pesadelos e que são obrigada a um fardo muito maior que um ventre inchado carregado de compromisso com uma linhagem.

Não gosto que chamem minha neta de "princesa"; ela não é; e fico bem feliz que as pessoas mais próximas não usem esse chavão cafona para se referirem a ela.

A humanidade tem evoluído muito devagar: até hoje está depositado em um útero o destino de uma nação; o amor com lágrimas vão para os lençois.

E até hoje nós mulheres não sabemos usar nosso poderio para outras conquistas bem mais interessantes e prazerosas.

Quem sabe um dia deixemos de ser "princesas" e nos tornemos seres humanos mais completos que temos as rédeas de nossas vidas.



Tomara!

 





2 comentários:

  1. Boa reflexão. Creio que nesses meios muito pomposos não existe muita liberdade seja para homens mas principalmente para mulheres, cuja função é bem limitada à "esposa de", à beleza, elegancia, etiqueta, seguir padroes etc.

    ResponderExcluir

O BEIJO

 Durante alguns dias enquanto estava no ponto do onibus esperando o do horário, chamou-me atenção um casal jovem, mas não adolescente (não t...